Quais as práticas recomendadas para limpeza e esterilização de instrumentos cirúrgicos intraoculares?

Conheça as principais práticas recomendadas para a limpeza e esterilização de instrumentos cirúrgicos intraoculares e entenda quais complicações podem acontecer em caso de falha neste processo.

A correta esterilização de instrumentais é fundamental em qualquer CME, seja ela de um hospital, consultório odontológico, assim como nos centros cirúrgicos de oftalmologia. ​

Para que todo o processo ocorra da melhor maneira possível e, ao final, possamos garantir que os materiais estão estéreis, algumas recomendações devem ser seguidas.​

Conheça agora os princípios de limpeza e esterilização de instrumentos cirúrgicos intraoculares.

Sempre verifique quais as indicações feitas pelo fabricante do instrumental quanto à limpeza, tipo de detergente que pode ser utilizado, enxágue etc. Essas recomendações são essenciais, pois podem garantir o aumento da vida útil de seus materiais. Além disso, algumas considerações acerca da limpeza e esterilização em si devem ser observadas, como:​

Os instrumentais devem ser mantidos úmidos até que se inicie o processo de limpeza, assim evitamos que os detritos sequem e sua remoção seja mais difícil.​

Durante a limpeza, todos os debris devem ser removidos, ou seja, os instrumentais devem sair completamente limpos e sem resíduos sólidos e matéria orgânica.​

A quantidade de água e detergente a ser utilizada deve sempre seguir as recomendações do fabricante (principalmente no que diz respeito à diluição do produto).​

Uma particularidade quanto ao enxágue dos instrumentais cirúrgicos intraoculares é que é obrigatório o uso de água destilada ou deionizada, conforme a RDC 15.​

Respeite SEMPRE o tempo adequado e recomendado para a completa limpeza e esterilização dos instrumentais. A economia de tempo neste caso pode causar sérios danos para a saúde dos seus pacientes.​

O ciclo flash é destinado às emergências, o que envolve dizer que ele não deve ser utilizado como rotina, seja para economizar tempo ou dinheiro. Utilize-o apenas em situações emergenciais. ​

Cânulas descartáveis devem ser utilizadas sempre que possível e, claro, descartadas após seu uso.​

Além disso, para evitar possíveis contaminações dos instrumentais cirúrgicos com “bioburden” e agentes químicos, a limpeza destes deve ser realizada separadamente dos instrumentais cirúrgicos não oftalmológicos.​

Ao final da limpeza, confira se ela foi eficiente e se não há sujidades visíveis.​

Utilize o método de esterilização indicado pelo fabricante do instrumental, evitando danos a peça. ​

Quais as complicações decorrentes da falha na esterilização de instrumentais cirúrgicos intraoculares

A síndrome tóxica do segmento anterior (TASS) é uma inflamação aguda da câmara anterior ou segmento do olho após cirurgia de catarata, além de ser uma das principais complicações decorrentes da ineficiência do processo de limpeza e esterilização desses instrumentais.​

Existe uma imensa variedade de substâncias que podem ser causadoras da TASS. Elas podem ter entrado na câmara anterior do olho durante ou após a cirurgia, como alguns agentes antissépticos, agentes anestésicos ou até mesmo substâncias irritantes presentes na superfície dos instrumentais por conta do processo ineficiente de esterilização.​

Por conta disso, atentar-se às recomendações do processo de limpeza e esterilização é fundamental. Somente assim podemos garantir a segurança e saúde dos pacientes e também dos profissionais envolvidos na cirurgia.​

Nós, da Sispack, sempre evidenciamos a importância da esterilização e das normas de biossegurança, por isso nos dedicamos a trazer conteúdos relevantes para o seu cotidiano profissional, otimizando o fluxo da sua CME e permitindo mais segurança e eficácia em seus processos.​

Além disso, contamos com uma lista extensa de produtos e equipamentos, desde autoclaves, testes biológicos, incubadoras, até saneantes, que vão facilitar o seu dia a dia garantir a limpeza e esterilização dos seus instrumentais cirúrgicos. Acesse o site e saiba mais! 

REFERÊNCIAS

Práticas recomendadas para limpeza e esterilização de instrumentos cirúrgicos intraoculares. Sociedade Americana de Catarata e Cirurgia Refrativa e Sociedade Americana de Enfermagem em Oftalmologia.​

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