Você sabe quais são as bactérias mais prevalentes nos equipamentos de radiologia odontológica? Sabe como realizar a limpeza dessas superfícies, quais produtos utilizar? Leia nosso blog e fique por dentro do assunto!
Muitos consultórios e clínicas odontológicas possuem equipamentos de radiologia para otimizar o fluxo de atendimento e oferecer mais conforto e comodidade aos seus pacientes, que podem realizar os exames no mesmo local, sem a necessidade de se locomover pela cidade e gastar horas com isso.
Entretanto, a limpeza da superfície desses equipamentos é, por vezes, negligenciada, visto que os profissionais entendem que os artigos que vão diretamente na boca do paciente merecem mais atenção.
No ambiente clínico existem várias fontes potenciais de infecção que envolvem agentes patogênicos diferentes, desde bactérias, até vírus e fungos. O sangue, a saliva e as secreções de um modo geral, que são expelidos durante os atendimentos, podem respingar em superfícies nesse espaço físico e contaminá-las.
Se a higienização dessas superfícies não for realizada de maneira adequada, o profissional pode entrar em contato com essas superfícies durante os atendimentos e quebrar a cadeia asséptica, o que pode gerar contaminações e infecções perigosas para o paciente.
Por isso, não se engane: observar a correta limpeza e higienização desses equipamentos é muito importante.
Um estudo realizado nas Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, publicado em 2016, propôs-se a estudar a prevalência bacteriana em componentes utilizados na Radiologia Odontológica e, também, testou a eficácia de três substâncias desinfetantes na limpeza destas superfícies.
Quais as bactérias mais prevalentes em superfícies de equipamentos de radiologia odontológica?
O estudo realizado revelou a presença bacteriana em 91,7% das superfícies analisadas. As espécies encontradas variaram entre Gram positivas (90,7%) e Gram negativas (9,2%). O Staphylococcus foi o gênero mais prevalente, seguido dos bacilos gram-positivos e, por último, os Cocos gram-positivos.
Como realizar a limpeza destas superfícies? Quais as substâncias mais eficientes?
Álcool 70% – o álcool utilizado para este fim deve ser o álcool 70%, isso porque somente nessa concentração ele pode penetrar no interior do microrganismo e desnaturar suas proteínas, exercendo atividade bactericida, virucida e fungicida. Apesar disso, não possui efeito esporicida (principal vantagem da esterilização em autoclaves, por exemplo). O álcool 70%, entretanto, não é reconhecido como um desinfetante de superfície e isso reflete seus resultados no estudo que mencionamos, uma vez que se mostrou menos eficaz na desinfecção, pois houve uma redução de 87,5% para 56,3% no número de superfícies contaminadas.
Hipoclorito de Sódio – o hipoclorito libera cloro ativo e pode apresentar efeito bactericida, fungicida, virucida e esporicida, dependendo da concentração utilizada. Uma de suas vantagens é o amplo espectro de ação que possui aliado ao custo-benefício. No estudo realizado, o hipoclorito de sódio 2,5% reduziu a quantidade de superfícies contaminadas por bactérias, de 93,8% para 6,3%, e podemos observar que esses resultados são imensamente superiores se comparados ao álcool 70%.
Quaternário de amônio + Biguanida – esse desinfetante de superfície é o resultado da associação sinérgica entre Quaternário de Amônio e Biguanida polimérica (PHMB) estabilizada. Apesar de não ter sido citado no referido estudo, atualmente é indicado para a desinfecção de superfícies contaminadas em geral. A Biguanida é um bactericida de amplo espectro e rápida ação, já o Quaternário de amônio pertence à família de compostos antimicrobianos fortes e com desinfetante poderosa.
O que podemos concluir acerca desse assunto?
Como vimos, a desinfecção das superfícies de radiologia odontológica é fundamental, pois reduz os riscos de infecção cruzada e possíveis contaminações no consultório.
Isso significa que esta prática deve ser adotada por todos os profissionais, levando em conta também o tipo de substância que será utilizada. Como demonstrou o estudo, o uso de álcool 70% para limpeza de superfícies não é uma solução eficiente.
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REFERÊNCIAS
Rilton Emanuel Cavalcante Ferreira; José Rebelo Neto; Maria da Graça Câmara Antas; Carlos Roberto Weber Sobrinho; Flávia Maria de Moraes Ramos Perez. Effectiveness of three substances disinfectants in dental radiology practice. Rev. Bras. Odontol. vol.73 no.1 Rio de Janeiro Jan./Mar. 2016.