A grade curricular dos cursos voltados à área da saúde é extensa e um conteúdo obrigatório em todos é a biossegurança. A partir dela aprendemos as normas que devem ser seguidas durante a profissão para proteção própria e dos pacientes que serão atendidos, evitando contaminações e infecções cruzadas, por exemplo.
Todos sabemos dos EPIs que devem ser utilizados, adequando-se a cada profissão. Sabemos também da importância da limpeza de superfícies e das aplicações práticas de biossegurança, mas quantos dos formados aplicam as normas em seu dia a dia?
Quanto os profissionais da saúde sabem sobre biossegurança e quanto desse conhecimento é aplicado?
Um estudo realizado na UNILAVRAS demonstrou que mais de 60% dos cirurgiões-dentistas, por exemplo, utilizam EPIs em suas atividades diárias, rotineiramente. O gorro, no entanto, era utilizado por apenas 40% dos entrevistados. Quanto aos procedimentos de esterilização, que são essenciais e fundamentais à prática clínica, 80% dos profissionais mencionaram fazer uso de estufa e 20%, autoclave.
Outro estudo, realizado pela UNIVILLE, avaliou o conhecimento dos formandos dos cursos de graduação da área da saúde na Universidade do Contestado em biossegurança. A relação obtida entre as notas médias finais e o conhecimento que eles detinham em biossegurança revelou uma discrepância notável, obtida por meio do teste Kruskal-Wallis.
Na Universidade Federal do Pará realizou-se um estudo longitudinal, com estudantes de Odontologia, em que foi observado que, no decorrer do curso, os alunos passaram a dar mais importância ao uso de sobreluvas, enquanto os óculos, propé e sapatos fechados foram os EPIs mais negligenciados. O estudo indicou também que a maioria dos graduandos não conhecia o fluxo de atendimento para acidentes com perfurocortantes, mesmo que acidentes do tipo tenham ocorrido com 30% deles durante a graduação.
Com base nos estudos, portanto, é possível afirmar que há ainda uma boa parcela dos profissionais que desconhece ou negligencia as regras fundamentais da biossegurança.
Nós vivenciamos, nos últimos meses, uma pandemia alarmante e a única possibilidade de evitar a disseminação, com consequências desastrosas para a humanidade, estava exatamente na biossegurança.
Além dos EPIs, devem ser respeitadas as normas de limpeza geral e de superfície, atentando em cada detalhe, além de estabelecer uma rotina de limpeza periódica, de acordo com a área ou quando houver sujidade visível.
É necessário e imprescindível seguir as normas estabelecidas dentro de um rigor profissional, desde a graduação, adotando hábitos corretos para o controle de infecção cruzada, até a atuação profissional, como enfermeiros e cirurgiões-dentistas.
É preciso implementar e reafirmar a todo momento a necessidade de práticas de biossegurança na prática clínica. A divulgação das normas junto aos profissionais visa não somente a informá-los, mas a protegê-los contra os riscos biológicos inerentes a profissão. Somente assim atuaremos de maneira segura, garantindo bons resultados e evitando danos que podem ser fatais aos nossos pacientes.
A Sispack conta com uma linha completa de produtos destinados à biossegurança e à prática clínica. Possuímos autoclaves, indicadores biológicos, indicadores de limpeza, secadoras, seladoras e muito mais. Nosso propósito é promover segurança em processos de esterilização, viabilizando comprometimento e confiança dentro das organizações e, principalmente, a saúde de seus pacientes.
REFERÊNCIAS:
Cássio Vicente Pereira; Marco Antonio de A.C.G. Cyrino; Marcone Reis Luiz; Anita Cruz Carvalho; Caroline Nunes de Almeida. Evaluation of dentist’s knowledge regarding to biosafety in clinical practice. Rev. de Clín. Pesq. Odontol., v. 2, nº1, jul/set 2005.
Aline Daiane Ruthes Iarenhuk da Silva; Marco Fabio Mastroenic. BIOSSEGURANÇA: O CONHECIMENTO DOS FORMANDOS DA ÁREA DA SAÚDE. Revista Baiana, v. 33, n° 3, 2009, indd 476. 2010.