Você sabia que cerca de 45 mil brasileiros morrem todos os anos devido a infecções hospitalares? O dado alarmante é da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a entidade, essa triste realidade ronda 55% dos hospitais brasileiros. Isso é quase o dobro do que é encontrado em países desenvolvidos.
Os números são resultado da ausência ou deficiência de esterilização de materiais e equipamentos, processo obrigatório em todas as unidades hospitalares, consultórios e clínicas odontológicas.
Há vários tipos de esterilização para diferentes finalidades e que atendem a regras específicas, determinadas por órgãos de saúde. A técnica por vapor é uma das mais comuns, porém nem todos os materiais podem passar pelo processo a alta temperatura, são os chamados materiais termossensíveis. Assim, uma forma de obter a esterilização em baixa temperatura é por meio do uso do peróxido de hidrogênio.
O que é peróxido de hidrogênio?
O peróxido de hidrogênio, popularmente conhecido como água oxigenada, é um potente agente esterilizante. Apesar de ser considerado um excelente método de esterilização, o peróxido de hidrogênio não é indicado para todos os materiais e equipamentos hospitalares e clínicos. O motivo é a sua ação corrosiva.
Os materiais que podem ser esterilizados com peróxido de hidrogênio são:
• Alguns metais;
• Plásticos;
• Vidros;
• Borrachas;
• Acrílicos.
Materiais que não devem ser esterilizados por esse método:
• Celulose;
• Ferro.
Como é feita a esterilização por peróxido de hidrogênio?
A esterilização por peróxido de hidrogênio (H2O2) se dá por meio da oxidação de radicais livres e leva em consideração 5 parâmetros: temperatura, pressão, concentração do peróxido, energia do plasma e tempo.
Há diversas formas de realizar os ciclos de esterilização e um deles é o ciclo de 5 fases descrito a seguir: -Vácuo: obtido pela ação da bomba de vácuo; -Injeção: o peróxido de hidrogênio é injetado na câmara na forma de vapor; -Difusão: o vapor de peróxido é difundido por toda a câmara e materiais; -Plasma: ocorre a formação do plasma, através do uso de radiofrequência; -Ventilação: interrompendo a formação do plasma, é injetado ar no interior da câmara, voltando, assim, à pressão atmosférica.
Vale lembrar que esta é apenas uma das modalidades e as etapas variam de acordo com o protocolo, a marca e com o modelo dos equipamentos.
A esterilização por peróxido de hidrogênio só pode ser feita por profissionais capacitados, que devem ficar atentos às concentrações específicas para usá-lo com segurança e possui as seguintes vantagens: • Ação rápida; • Biodegradável; • Atóxico; • Eficaz no combate a agentes infecciosos.
Monitoramento do processo de esterilização por peróxido de hidrogênio
É muito importante fazer o monitoramento dos ciclos de esterilização por peróxido de hidrogênio para garantir a qualidade do processo. São usados, para isso, indicadores biológicos de rápida leitura.
O indicador biológico BT96, por exemplo, é autocontido, de terceira geração, apresenta resposta final em 30 minutos e seu produto fluorescente, gerado pelo resultado da atividade enzimática, pode ser detectado facilmente por incubadoras.
Já o CD40, indicador tipo 4 Chemdye®, reage aos parâmetros de esterilização por peróxido de hidrogênio, garantindo um controle adequado da efetividade dos processos de esterilização.
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Referências:
https://kasvi.com.br/esterilizacao-quais-os-tipos-e-sua-importancia-na-saude/
http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/perox.html
http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/pergresp.htm
https://higtop.com.br/peroxido-de-hidrogenio-desinfetante-para-hospitais/