Biossegurança: qual o nível de conhecimento dos profissionais sobre o assunto?

Nós sabemos a importância das normas de biossegurança para a saúde dos profissionais em pacientes em ambiente clínico e hospitalar, mas será que os profissionais têm um nível adequado de conhecimento em relação às medidas aplicáveis em sua rotina? Veja a seguir…

Biossegurança é o conjunto de ações que visam a prevenção e a proteção do trabalhador quanto aos riscos associados à produção científica, ensino e desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, proporcionando melhores resultados nestes trabalhos, estas ações buscam a saúde do homem, animais e preservação do meio ambiente, conforme descreve PORTO, 2010.

As medidas de biossegurança são essenciais a qualquer serviço de saúde, como consultórios, cínicas e hospitais. É a partir delas que podemos garantir a saúde de pacientes e profissionais, além de evitar contaminações e infecções cruzadas.

Qual o nível de conhecimento dos profissionais de saúde sobre biossegurança?

Mas será que os profissionais têm um nível de conhecimento adequado sobre o assunto? É o que se propôs a esclarecer um estudo realizado na Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia (FBHC) e no Hospital Primavera (HP), por meio da aplicação de um questionário simples e objetivo.

O questionário tinha questões sobre os conceitos de biossegurança e NR-32, identificação de EPIs e precauções padrão, além de itens sobre a prática diária. Os participantes foram abordados durante suas atividades de trabalho, na enfermaria ou UTI, envolvendo os turnos da manhã, tarde e noite.

E quais foram os resultados do estudo?

Os resultados demonstraram que, dentre os participantes, 61% receberam treinamento sobre biossegurança e 39% não receberam. Esta informação, entretanto, pode ser considerada preocupante, afinal, segundo a NR-32 todos os profissionais de saúde devem receber algum treinamento sobre Biossegurança, informando quanto aos riscos que estão expostos.

É fundamental que todos os profissionais que trabalham em hospitais passem por um treinamento a respeito do uso de equipamentos de segurança, conhecendo também a definição de Biossegurança e os riscos envolvidos em sua prática diária.

Ainda de acordo com o estudo, o principal procedimento padrão reconhecido é o uso da luva, atingindo um percentual de 20%, seguido do uso da máscara com 19%, higienização das mãos com 15%, uso de touca 14%, uso dos óculos e jaleco descartável 9%, uso de propés 6% e apenas 8% reconheceu todas as opções como uso padrão.

Sabe-se que o uso de EPIs não protege apenas os profissionais de saúde, mas também diminuem os riscos de transmissão de microrganismos durante os atendimentos. Logo, seu uso é fundamental e não pode ser negligenciado.

O que podemos fazer?

As informações que foram constatadas a partir deste estudo evidenciam a necessidade de, constantemente, promover a educação e supervisão a respeito das normas e regras de biossegurança em hospitais e clínicas, para que as atividades exercidas nestes locais sejam seguras para os profissionais, assim como para os pacientes.

A atualização constante dos profissionais é essencial. Hoje, após uma pandemia, a biossegurança se tornou um dos assuntos mais comentados no mundo. Mas a sua importância deve ser lembrada sempre, assim como o rigor com que se empregam e fiscalizam as normas. Somente assim poderemos garantir a saúde de todos.

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REFERÊNCIAS:
Flávia Carolyne de Santana Rocha; Renysson Meneses; Telma Cristina Fontes Cerqueira; Mariana Tirolli Rett Bergamasco; Lucas de Assis Pereira Cacau; Luana Godinho Maynard; Manoel Luiz de Cerqueira Neto.

CONHECIMENTO DE BIOSSEGURANÇA POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UNIDADES HOSPITALARES. Cadernos de Graduação – Ciências biológicas e da saúde Unit | Aracaju | v. 2 | n.1 | p. 141-154 | Março. 2014.

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