Por vezes, associamos a biossegurança, bem como os equipamentos e processos para desinfecção, somente à hospitais e clínicas na área da saúde. Mas saiba que, a biossegurança é de suma importância para outras áreas que envolvem direta ou indiretamente a saúde das pessoas, como os estúdios de tatuagem.
Neste artigo, vamos falar um pouco sobre como seguir rigorosamente os protocolos de biossegurança nestes locais, a fim de promover a prevenção e o controle de infecções. Continue a leitura para descobrir.
A tatuagem ao longo da História
O ato de se tatuar a pele é antigo e os primeiros registros remontam a ritos religiosos de civilizações no Egito Antigo (entre 4000 a.C. e 2000 a.C.) e em países como Polinésia, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia, entre outros.
Ao redor do mundo e com o passar dos séculos, a tatuagem passou a ser utilizada para outros fins, como identificar criminosos e condenados na Roma Antiga, soldados e guerreiros nas Cruzadas, indicar luto no Havaí, ou simplesmente enfeitar o corpo como no Japão, desde o século V.
Hoje, mais popularizada e difundida, independente de cultura, região e até mesmo, religião, a tatuagem é considerada uma forma de expressão individual e registra os mais variados desenhos e dizeres, cada um com seu significado para a pessoa.
O processo de tatuar
As tatuagens são feitas com agulhas finas, que injetam a tinta na derme (segunda camada da pele, logo abaixo da epiderme, responsável pela resistência e elasticidade da pele), penetrando 2 mm na pele.
Como o ato envolve perfuração e pigmentação, acaba por romper barreiras naturais do organismo e, consequentemente, gera riscos de infecção, tanto para o cliente quanto para o profissional, uma vez que são utilizados equipamentos que entram em contato com ar, sangue e fluidos corporais.
Assim, o uso de EPIs descartáveis, o processo de esterilização e desinfecção dos equipamentos, através de autoclaves, são essenciais para garantir a segurança e a saúde de todos.
Regulamentação da Anvisa
Desde 2010, a Anvisa regulamenta as práticas de tatuagem e colocação de piercings, através da RDC nº 55/08. As principais regras da resolução são:
- Uso de luvas, agulhas e lâminas descartáveis;
- Higiene constante das mãos no início e no final de cada procedimento;
- Uso de EPIs, como luva, máscara, avental e proteção para cabelos e olhos;
- Tintas fracionadas para cada procedimento, sendo descartadas as sobras;
- Registro de equipamentos na Anvisa;
- Controle de clientes e autorização por escrito para menores de 18 anos;
- Vacinação contra hepatite B e tétano dos tatuadores e body piercing;
- Entre outras.
Desinfecção e esterilização de reutilizáveis
Biqueiras de tatuagem e instrumentos de piercing que são reutilizáveis devem passar pelo processo de desinfecção com detergente apropriado e auxílio de escovas normais e interdentais. Em seguida, devem ser colocados na cuba de ultrassom, em um ciclo, conforme orientação do fabricante. Por fim, a esterilização deve ser feita em autoclaves, que utilizam calor úmido com pressão, eliminando os microrganismos.
Esterilizados, os equipamentos devem ser armazenados em recipientes limpos, com tampa e alocados em armários específicos. Vale ressaltar que a embalagem de esterilização deve ser mantida até o momento da utilização do equipamento, evitando assim, a contaminação cruzada.
O processo de descarte também requer atenção e cuidados específicos. Resíduos de tintas devem ser armazenados em plástico branco leitoso e encaminhados ao serviço de coleta de materiais de saúde. Agulhas, lâminas e materiais cortantes precisam ser armazenados em coletores próprios, como caixas amarelas contendo o aviso de risco biológico e entregues nos postos de saúde.
Consequências da falta de esterilização
Justamente por se tratarem de procedimentos nos quais os equipamentos entram em contato com ar, sangue e fluidos corporais, tanto a tatuagem quanto a colocação de piercings, podem desencadear uma série de contaminações e doenças, caso não sejam tomadas as devidas medidas de biossegurança. Hepatite B e C, Herpes, Sífilis, infecções por fungos e bactérias e, até mesmo o vírus HIV, podem ser transmitidos de uma pessoa para outra através de agulhas e tintas.
Por isso, é essencial procurar profissionais e estúdios regulamentados. E estes, por sua vez, devem seguir à risca todo o processo de desinfecção e esterilização e demais cuidados, desde a entrada do cliente até o final do serviço prestado, incluso o descarte correto de materiais.
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