Um novo composto, denominado AG-hecate, foi sintetizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ele consiste na combinação de moléculas já existentes – método denominado bioconjugação – e é capaz de inibir a replicação do vírus da hepatite C em diversos estágios de seu ciclo, o que é uma vantagem, pois os agentes antivirais tradicionais atuam em alvos específicos, como a entrada do vírus nas células, a síntese do material genético e de proteínas ou a montagem e liberação de novas partículas virais.
Outra vantagem é sua seletividade, ou seja, ele ataca mais os vírus do que as células hospedeiras, representando, portanto, um potencial avanço à cura da doença.
Os pesquisadores agora buscam formas de diminuir sua toxicidade, uma vez que o composto apresenta pequena atividade nas hemácias. O objetivo do grupo é avançar nos testes da fase in vitro para iniciar a fase in vivo. Até que possa ser comercializado, estimam-se ainda mais oito anos de pesquisa.
O AG-hecate também é capaz de agir em bactérias, fungos e células cancerosas e tem potencial de ser usado também no tratamento dos vírus zika e da febre amarela, que apresentam ciclos replicativos semelhantes aos do vírus da hepatite C.
Identificado em 1989, o vírus da hepatite C (HCV) é transmitido principalmente pelo sangue. No Brasil, de 1999 a 2016 foram detectados 319.751 casos da doença, com mais de 25 mil mortes de 2000 a 2015.
No Brasil, a estimativa de prevalência de hepatite C é de 1,38% entre as pessoas de 10 a 69 anos, segundo o Estudo de Prevalência de Base Populacional das Infecções pelos vírus das Hepatites A, B e C nas Capitais do Brasil (2010).
Dentre os maiores riscos de infecção estão a realização de tatuagens ou piercings e formas de exposição percutânea sem os cuidados adequados de biossegurança – como procedimentos odontológicos, podologia, manicure e pedicure. Por isso, é de extrema importância que, dentro dos serviços de saúde e de beleza, as etapas de limpeza, desinfecção e esterilização sejam cuidadosamente realizadas.
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Fonte:
http://giv.org.br/Arquivo/Folheto_GIV_HepatiteC_no_Brasil.pdf