Essencial à vida humana, a água é uma substância química formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Constitui, aproximadamente, 70% do nosso planeta e é onde se encontra a maior quantidade de fluidos dos seres vivos.
Em nossa rotina, além de ser uma importante fonte de hidratação, nutrientes e eliminar substâncias tóxicas através da urina e do suor, a água é utilizada para a higiene tanto pessoal quanto de objetos, alimentos e ambientes.
Parte integrante da rotina de hospitais, clínicas e CMEs, a água também é crucial para a limpeza e esterilização de ambientes, instrumentais e equipamentos.
A pandemia da COVID-19 resgatou a importância de se lavar as mãos, por exemplo, para evitar diversos tipos de vírus e doenças.
Mas, mesmo que a higiene seja um hábito, será que, durante o processo, pensamos em como está a água que utilizamos?
A qualidade da água interfere diretamente em sua funcionalidade. Ingerir ou utilizar água contaminada, por exemplo, pode desencadear diversas doenças como diarreia, cólera, leptospirose, hepatite A, toxoplasmose, entre outras.
Nas CMEs, mesmo que os equipamentos e instrumentais estejam esterilizados, se a água utilizada estiver contaminada e/ou não atender às determinações da RDC 15, as consequências podem ser graves, uma vez que os instrumentais e o ambiente não ficam purificados como deveriam, contribuindo para a proliferação de infecções e bactérias.
Você já pensou em avaliar a qualidade e a pureza da água que está utilizando em sua CME?
Então continue a leitura e descubra a importância deste tipo de verificação.
A água na CME
Setor de suma importância para clínicas, hospitais, salões de beleza e, até mesmo, indústrias e estúdios de tatuagem, a CME é responsável por evitar a disseminação de fungos, bactérias e vírus que podem, inclusive, levar a pessoa à morte.
O processo básico de uma CME consiste em:
1) inspeção do material recebido;
2) limpeza;
3) preparo do material;
4) processo de embalagem;
5) esterilização;
6) armazenamento (até o transporte para os próximos usos). Também é importante seguir Ciclo de Sinner, para garantir uma limpeza eficaz.
Em uma CME, a água é utilizada nos processos de pré-limpeza, lavagem manual ou automatizada, realizadas em equipamentos como lavadoras ultrassônicas e termodesinfectadoras, e na esterilização das autoclaves a vapor.
Logo, é perceptível que, além de produtos específicos como detergentes próprios para CME, a água é um dos elementos base para quase todo o processo de limpeza e esterilização. Assim, é preciso trabalhar com uma água limpa e purificada, mas como deve ser essa água?
RDC – 15
A RDC – 15, resolução da Anvisa, datada de 15 de Março de 2012, estabelece requisitos para a qualidade da água utilizada nas CMEs de serviços de saúde públicos e privados (civis e militares), além de empresas e indústrias.
O Art. 68 da resolução determina que a água utilizada no enxágue de produtos para a saúde devem atender aos padrões de potabilidade definidos em normatização específica. Já seu parágrafo único estabelece que produtos para a saúde críticos (aqueles utilizados em procedimentos invasivos, com penetração de pele e mucosas adjacentes, por exemplo), utilizados em cirurgias de implantes ortopédicos, oftalmológicos, cirurgias cardíacas e neurológicas, devem passar pelo enxágue final com água purificada.
O Art. 74, por sua vez, rege que cabe à empresa processadora monitorar e registrar, com periodicidade definida em protocolo, a qualidade da água, mensurando dureza, ph, íons, cloreto, cobre, ferro, manganês e carga microbiana.
E, por fim, o Art. 95 estabelece que a água a ser utilizada no processo de geração de vapor das autoclaves deve atender às especificações do fabricante do equipamento.
Além disso, existem alguns cuidados que devem ser tomados na CME para garantir que a água utilizada é de qualidade. São eles:
– Análise periódica da água para verificar se a mesma atende aos parâmetros exigidos e embasar ações corretivas, caso sejam necessárias;
– Monitoramento da água, para verificar nível de potabilidade e pureza;
– Limpeza periódica de caixas d’água e de reservatórios;
– Monitoramento de teor do cloro residual livre. O ideal é estar igual ou maior que 0,2 mg/L. Caso esteja menor, entre em contato com um especialista para realizar medidas corretivas;
– Verificar, com frequência, membranas do sistema de osmose reversa e resinas dos sistemas de desionização.
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Referências:
– Qualidade da água em CME
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?reload=9&app=desktop&v=TmhNGZ3zkvE
– RDC 15 e a água para higiene de materiais de saúde (CME): o que você precisa saber?
Disponível em https://microambiental.com.br/agua-segura-para-hospitais/o-que-voce-precisa-saber-sobre-a-rdc-15-e-a-agua-para-higiene-de-materiais-de-saude-cme/#:~:text=A%20%C3%A1gua%20constitui%20um%20item,qualidade%20da%20%C3%A1gua%20no%20processo.